Com facilidade uma pessoa projeta na pessoa do astrólogo o papel de “adivinho” ou “mago”, atribuindo-lhe capacidades de conhecimento que certamente ele não tem: “ele sabe tudo!”, é o que exclamam.
Para o
astrólogo, por sua vez, é preciso muita atenção para que núcleos internos
sedentos de admiração vaidosa não o levem a se revestir deste papel.
A vida também é
feita de fatos sobre os quais não há explicação, e isto deve ser sempre claro
para todos nós, sejamos astrólogos arquetípicos ou consulentes usuários dos
serviços da
Astrologia, para que uma postura de franca humildade possa se
desenvolver com maior sensatez e tranquilidade.
“Isto, não sei
informar...”, deve ser afirmação mais usual na voz de astrólogos e astrólogas,
e entendida como expressão do limite humano e, nem por isto, depreciativa.
A adoção desta
postura realista, se verdadeira, fortalece e enriquece o trabalho conjunto de
astrólogo e consulente, assim como o de paciente e terapeuta.
Astrólogo ou
terapeuta, o profissional e seus recursos instrumentais específicos estão ali para
trabalhar, com o consulente, sobre o que há de mais delicado na vida humana: as
questões da alma e da mente, de que todo o demais decorre.
Então, o profissional,
seja astrólogo, seja terapeuta, pode descer do pedestal em que tenha sido (ou
se) colocado, e o consulente ou paciente podem subir da vala comum na qual pensam (ou se os acusa
de) viverem, para poderem se encontrar no plano do encontro pessoal mais fecundo.
Um encontro de
solidariedade, sempre focado no consulente e suas necessidades ou desafios de
crescimento pessoal mais harmonioso.
Isto reduz
resistências, atenua instantes de dissimulação por dúvida, enriquece o panorama
que o astrólogo arquetípico pode construir com base no que interpreta a partir
da Carta natal astrológica, e revigora o consulente no enfrentamento de suas
tarefas e desafios de crescimento.
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