Vênus, para os
romanos, ou Afrodite, para os gregos, no alfabeto da Astrologia Arquetípica
simboliza “o desejo de ser desejada”. Nascida da espuma do mar, donde a
possível apenas superficialidade (a beleza atrai, mas é a verdade o que
aprisiona), tinha os olhos “vagos”, lembrando o que Machado de Assis atribuiu a
Capitu: “olhos de ressaca”.
Simboliza também
o “instinto do belo”, a busca de harmonia entre diferentes, a habilidade de
cortesia/cortesã. Relaciona-se com o Signo de Touro, no aspecto mais sensual da
beleza, e com o Signo de Libra, no aspecto mais etéreo do belo.
Em uma Carta
natal astrológica, é símbolo fundamental para informar um dos aspectos do
“feminino” que se construiu na mente inconsciente da criança, num quadro que se
complementa com as informações oferecidas pela interpretação do complexo lunar
(localização da Lua por Signo, Casa astrológica e os aspectos, ou ângulos
geométricos, que faz com outros planetas).
Este “drive”
atua tanto em mulheres quanto em homens, embora os aspectos mais propriamente
“venusianos” costumem ganhar proeminência da mente de uma mulher, em comparação
à de um homem, por elementos culturais reforçadores.
Após a
puberdade, na elaboração de afetos e na vivência dos aspectos receptivos de
sensualidade e ou sexualidade, o quadro geral indicado por Vênus apontará as
características, potencialidades e
principais desafios da pessoa nestes aspectos da existência.
“Bloqueios” de
Vênus em Carta natal feminina quase certamente indicam anorgasmia e frigidez na
mulher.
Conta a lenda
que Helena, mulher dourada roubada por Páris num gesto de amor extremado e causa
da Guerra de Tróia, tinha por principal diversão andar pelas muralhas,
exibindo-se aos homens da cidade – embora para ela fosse evidente que seu amor
por Páris nunca a deixaria partilhar-se com outros: queria apenas ser admirada
e desejada.
Mas Vênus surgiu
do mesmo evento mitológico que deu origem às Erínias (Tisífone, “castigo”; Megaira,
“rancor”; e Alecto, “cólera”); assim,
as três brotam forte na mulher que se percebe não desejada por aquele para quem
se oferece!
Quanto
ensinamento reside em um mito grego como este, não?
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