Marte, para os
romanos, ou Ares, para os gregos, era filho de Zeus (Júpiter). Mais do que apenas
o deus da guerra, era o deus da guerra selvagem, sem peia ou limites, em
matança indiscriminada.
Sua meio-irmã Palas
Atena, esta, sim, era a deusa da guerra estratégica.
O “drive” que
Marte simboliza na mente inconsciente humana, que é o ímpeto de afirmar-se ou conquistar
o que se deseja, se não for contido ou ordenado em sua manifestação viola qualquer
limite na imposição de vontade.
Este impulso é
tão poderoso na mente humana, por ser vital à possibilidade de auto-expressão,
que pessoas com Marte em Áries (ou, de embora bem menos, Áries ou Marte
sobressaltados em sua Carta natal) têm enorme dificuldade em “parar de brigar”,
mesmo quando já conquistaram o que queriam.
Este “drive” é
essencial na conquista de espaço vital de manifestação de si, razão pela qual
se na Carta natal astrológica estiver simbolizado algum nível excessivo de
comprometimento da assertividade no decorrer da infância, isto aponta para o cenário
adulto em que a expressão de vontade oscila entre a excessiva hesitação e,
compensatoriamente, a demasiada imposição.
Marte simboliza
o que a Psicologia denomina “pulsão sexo-agressiva”, que numa primeira forma de
manifestação surge na criança nova como expressão de vontade (“eu quero”/“eu
não quero”) e numa manifestação posterior se evidencia como impulso libidinal,
prenunciando a sexualidade ativa, que age para ter o que deseja.
“Bloqueios” de
Marte, em Carta natal masculina, costuma apontar a ocorrência (constante ou
episódica) de perda de potência erétil.
Tal “drive” está
presente no psiquismo de homens e mulheres, mas em uma cultura sexista manifesta-se
com mais evidência na mente do gênero masculino, por condicionamento cultural.
Narra a Mitologia
que Marte foi amante de Vênus (que era casada com outro deus) e, segundo
alguns, da união nasceu Eros (Cupido para os gregos). Dá-se igual no encontro
das Cartas natais de um homem e uma mulher: não havendo correlação geométrica
entre o Marte e a Vênus de ambos (a Vênus dele com o Marte dela ou o Marte dele
com a Vênus dela), não rola “química”, pois algo em um falta ao outro, e
vice-versa, neste particular aspecto da existência.
Pode haver todo
o mais (alegria no convívio, compatibilidade intelectual, afeto, admiração, etc),
mas a verdadeira chama erótica não brilha.
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