Talvez o mais
incompreendido e menos amado símbolo astrológico seja Saturno.
Bem provavelmente, porque ele simboliza tudo o que em geral não queremos: limites, realismo, esperar, estruturação, responsabilidades.
Dos “drives” da mente,
ou conjuntos de impulsos psíquicos, Saturno é o que de mais perto nos fala do “superego”,
a instância mental responsável por obrigar a pessoa a seguidos testes de
realidade que eliminam ilusões. E como o “superego” é elaborado com base nas
frustrações de desejo e impedimentos de ação havidos na primeira infância, no
imaginário popular construído sobre o vocabulário da Astrologia Saturno é
“pesado”, “frustra” e “des-ilude”.
Afinal, quem não
gostaria de ficar imerso em fantasias, “viajando com gosto”? Quem não preferiria
crer que “tudo pode” e não é obrigado a aceitar os limites impostos pelos
outros e pela vida? Quem já não quis
poder voltar a ser criança bem novinha, vivendo num paraíso de desconhecimento,
incompreensão e irresponsabilidade?
Ai!, como às
vezes cansa viver, não é? Mas diz o I Ching, em seu hexagrama 39: “enquanto o homem inferior culpa o mundo e
incrimina o destino, o homem superior procura o erro em si mesmo. Em virtude
desta introspecção, o impedimento externo torna-se para ele uma oportunidade de
enriquecimento e aprendizagem”.
A Astrologia
Arquetípica, em seu mister de dar sentido ao conjunto de símbolos de uma Carta
natal, para bem orientar a pessoa no caminho de sua própria realização íntima,
põe sempre um olho bem atento à posição de Saturno na Carta, por ângulos
geométricos feitos com outros planetas e pela Casa astrológica em que está
situado, pois estes dados invariavelmente informam os mais importantes aspectos
da vida do indivíduo que oferecerão os maiores desafios ao realista
amadurecimento de si.
Eliminando os
excessos e suprindo as faltas, rumo a melhor aplanar o coração e incentivar as
verdadeiras potencialidades existentes.
Por isso ele é também
chamado de “O senhor do carma”.
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