A
ONU acaba de lançar uma nova campanha mundial pelo término da violência contra
as mulheres.
O
foco é muito amplo e vai além da violência física, como é
necessário.
A
campanha aborda múltiplas formas de agressão, como a negação de direitos
humanos, da liberdade de ter uma profissão e até de ser tratada como igual nas
igrejas. Pois
agredir fisicamente é somente a forma mais rude e tosca, embora não a menos
prejudicial, de violência.
A
propensão à violência contra as mulheres costumeiramente radica em causas
profundas dentro do psiquismo do homem que as agride (física ou moralmente),
razão pela qual não se trata apenas de educação ou melhor socialização: trata-se
da necessidade imperiosa de alterar dinâmicas inconscientes que os
dominam.
Se
não forem alteradas estas dinâmicas, “inesperadamente” a violência irrompe –
“ele era tão educado e respeitoso comigo até agora, não sei bem o que
houve...” – ou “vaza” no dia-a-dia por meio de continuadas avaliações
preconceituosas e ou atitudes de claro desrespeito humano.
A
interpretação de uma Carta natal astrológica com a metodologia da Astrologia
Arquetípica oferece valiosas pistas para este trabalho tão necessário, pois não
poucas vezes se identifica, em homens propensos à violência contra as mulheres,
um quadro inconsciente coalhado de ressentimentos, raiva e medo, de origem
arquetípica e reforçados em torno da figura materna, no decorrer da primeira
infância.
Conforme
o quadro verificado, pode-se recompor, para um trabalho terapêutico, qual
conjuntura atravessada em primeira infância, em geral reforçada pela atitude
paterna em relação à própria mulher, estabeleceu a propensão futura à violência.
Torno a dizer, física ou moral.
É
preciso um cuidado adicional: a inclinação de muitas mulheres em atraírem para
convívio, ou se deixarem atrair por, homens com esta triste propensão: sua
expectativa inconsciente é de que isto de qualquer forma ocorrerá, por mais que
se afirmem indignadas ou entristecidas ao ocorrer, razão pela qual realizam a “profecia” inconscientemente estabelecida.
Por
isso se submetem, seja à agressão física ou moral, mesmo podendo objetivamente
não fazê-lo desde a primeira vez.
Neste
sentido, não é apenas argumento machista a afirmação de haver mulheres que
“gostam” de apanhar. Não que “gostem”, no sentido de preferência consciente, mas
é que terminam atuando de modo cúmplice da violência do companheiro: são
violentadas e aceitam, tornam a ser violentadas e uma vez mais
aceitam...
Ambos,
o homem que agrida e a mulher que aceite, são frutos de igual
dinâmica.
Quanto
aos símbolos, Marte, Saturno, Sol e Lua por costume estão envolvidos por
quadraturas ou oposições, bem como muitas vezes Saturno em Casa X indica
profundo ressentimento contra o feminino, cheio de medo e
raiva.
Se
Urano ou Netuno estiverem também presentes nestes conjuntos simbólicos, traços
sádicos (e, em decorrência, masoquistas, no gênero oposto) em geral se
manifestam.
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