Um
dos traços humanos mais difíceis de detectar em Carta natal astrológica é a
dominância de homoerotismo e homoafetividade na estruturação psicoemocional do
indivíduo, dada a massa de preconceitos e pressupostos (contra ou pró) que
dificulta uma abordagem mais franca e isenta do assunto.
Ademais,
se os indicadores simbólicos de eventual homoerotismo presente (oculto ou
manifesto) apontam este aspecto íntimo ser natural no indivíduo (homem ou
mulher) ou ter sido derivado das condições de construção do masculino e ou do
feminino naquela pessoa, em sua primeiríssima infância.
No
primeiro caso, a inclinação homoerótica ou homoafetiva seria constitucional; no
segundo, seria condicionada. Em ambos os casos não cabe falar de “escolha” ou
“opção”, como há quem suponha: seria assim se a pessoa pudesse optar com
consciência sobre o que fazer com a homoafetividade e o homoerotismo, mas a
possibilidade de livre opção costuma ser (era mais...) vedada pelo ambiente
cultural.
De
todo modo, se está frente a um complexo inconsciente dos mais
desafiadores.
Huguette
Hirsig, sexóloga e astróloga suíça do Centro de Pesquisa Astro-psicológica de Montreal,
Canadá, é autora de um vasto estudo sobre o assunto, construído sobre a
correlação analítica de mais de 2.000 Cartas natais de homossexuais, entre as
dezenas
de milhares de Cartas natais que pôde interpretar em sua
vida.
Segundo
seus registros, é necessário haver três destes indicadores na Carta natal, para
se poder falar em homoerotismo natural:
1.
Vênus em conjunção ou em oposição ao mesmo tempo a Urano e Netuno, com um desses
Planetas no Ascendente ou, ainda, na Casa V ou XI;
2.
Lua em oposição ou em conjunção com Vênus;
3.
Netuno em conjunção com o Ascendente ou em oposição a ele;
4.
Sol em conjunção com Urano ou em oposição a ele.
Seja
isto ou aquilo, e seja natural ou por condicionamento, é importante perceber que
o tema ocupa cada vez mais o imaginário coletivo, em claro indicador da
alteração de paradigmas históricos e sem necessariamente indicar que a
tendência, como julgam ou desejam alguns, virá a ser a predominância da
homoafetividade e do homoerotismo. Para o “novo” poder se firmar, o barulho é
imenso.
O
que parece estar verdadeiramente em jogo é a ampliação de perspectivas humanas,
o enriquecimento de cenários, para uma visão alargada de mundo poder superar
miopias até então dominantes.
Nem
o fato de Marta ter sido escolhida cinco vezes seguidas a melhor jogadora de
futebol do mundo, num recorde não superado por nenhuma outra pessoa, homem ou
mulher, prende a atenção da massa: “futebol é coisa de macho, mano!”, parece ser
resmungado todo tempo.
Como
será o caso das Gaivotas Fiéis?
Imagine-se
a força de impacto que uma torcida organizada arco-íris provocará em um ambiente
rigorosamente masculino e historicamente machista, como em geral é o do futebol,
seja no Maracanã, em La Bombonera ou no futuro Itaquerão!
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